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Como lidar com efeitos colaterais de um treino intenso.
   24 de janeiro de 2022   │     15:38  │  4

É natural que após um treino avançado ocorra falha muscular, a presença de alguma dor leve – mesmo que apareça apenas no dia seguinte – e muita transpiração. No entanto, às vezes o corpo reage de maneiras que não estamos esperando, podendo causar preocupação em quem treina. Alguns desses efeitos indesejados mais comuns são: dores de cabeça, tontura, náuseas e dor desviada. Já viu que costuma sentir pelo menos um deles? Vou te dizer o que você pode fazer para evitar – se possível – cada um deles e o que fazer quando senti-los.

Dor de cabeça

Esse é um dos incômodos mais comuns em quem se exercita, e pode acontecer por vários motivos: tempo quente, hipoglicemia, ambientes muito claros e até a desidratação. Por tanto, comer e hidratar-se adequadamente, já previne bem esse efeito indesejado nos treinos.

Tontura

Pode ser que ocorra após as dores de cabeça, ou também pode chegar “do nada”. O importante é que no momento que acontecer, você interrompa o que está fazendo para se recompor e não correr o risco de desmaiar e se acidentar.

Geralmente quando a tontura chega sem nenhum motivo aparente, pode ser devido à má postura durante o exercício físico, que obriga o corpo a realizar uma respiração pouco eficiente e levar menos oxigênio para as células. Como também, pessoas que já tem histórico de pressão baixa, alterações na tireoide ou outra condição médica, estão mais suscetíveis a desenvolver essa implicação nos treinos.

Náuseas e vômito

Se você tem o costume de comer ‘muito’ antes de treinar e não respeita o tempo necessário para o corpo digerir a comida, cuidado. Durante o treino, o sangue que circula no trato intestinal para digerir a comida, volta sua atenção para os músculos que foram estimulados – ou seja, a digestão fica mais lenta. E como precisamos manter a hidratação, bastante tomar água, o enjoo nessas horas pode vir com tudo.

Portanto, se você tem a digestão mais lenta ou não tem tanto tempo antes do treino para comer, prefira alimentos que te darão uma energia boa sem pesar. Carboidratos e fibras nessa hora serão seus grandes aliados – deixa a proteína para um pós-treino.

Dor desviada

Sabe aquela fisgada que você sente na costela ou nas laterais do abdômen quando respira? Principalmente se está ofegante após um grande esforço. Pois é, essa é a famosa dor desviada e que pelo menos uma vez na sua vida você já sentiu.

O que geralmente causa essa dor é a respiração superficial. Se você não tem o hábito de fazer exercícios de respiração, seu pulmão e seu diafragma não irão te ajudar nessas horas. O diafragma é um músculo, e para desempenhar sua função corretamente, precisa ser estimulado corretamente também. Inspire profundamente, e expire profundamente algumas vezes no dia para reverter esse cenário.

Se você tem esse hábito, pode ter sentido essa dor por ter comido mais do que deveria antes de treinar, ou por não ter aquecido o corpo adequadamente antes de um exercício intenso.

O que acontece com o corpo quando você para de treinar?
   10 de janeiro de 2022   │     18:34  │  14

Quem já treina há algum tempo, deve saber que não foi de uma hora para outra que os músculos cresceram, que a resistência aumentou, e mesmo quando você falta a academia no meio da semana, a volta se torna um pouco mais “sofrida” depois. E agora neste período de festas, quando muita gente abandona os hábitos saudáveis, o corpo e a mente sentem falta da rotina de antes.

Se você parou de malhar por ter adoecido, lesionado, ou qualquer outro motivo que exija deixar os treinos, tudo bem. A vida não é linear e o importante é voltar quando puder. Mas se você está pensando em deixar devido ao período de festas e férias, considere diminuir o tempo do exercício e aumentar a intensidade, treinar de casa mesmo, para que o corpo não sinta tanto os efeitos do destreinamento.

Um mês sem exercício

Aqui haverá alguma perda muscular, mas não tão significativa – talvez você nem perceba. Atletas de alto nível costumam sentir mais essas mudanças na prática, quando retornam.

Mas a mudança mais sentida, que irá independer do nível de atividade da pessoa, é a resistência. Essa é a primeira a cair e a que mais incomoda em uma pausa curta, afinal, só você sabe como foi difícil chegar no nível que chegou e como é chato se sentir mais “fraco” e cansado na volta. Além da resistência, a flexibilidade costuma ser perdida facilmente – isso você vai perceber quando tentar tocar os pés novamente, se conseguir.

Mais de 4 semanas sem exercício

Dê adeus a sua tão suada resistência, já que ela poderá chegar aos níveis de antes de começar a malhar. Isso porque o VO2 máximo, que é a capacidade máxima de captação de oxigênio pelo corpo, pode cair até 20% – já que o sistema cardiorrespiratório estará voltando aos poucos ao estado pré-treino.

A perda de massa magra também irá ocorrer, mas não tão rapidamente quanto à resistência. Esse processo irá se assemelhar ao envelhecimento, portanto, não será de uma hora para outra. Outro detalhe importante: o músculo não irá se transformar em gordura. É possível que durante esse tempo sem exercício, se a alimentação não for regrada, ocorra um certo acúmulo de gordura – já que o corpo não está queimando os excessos.

Independentemente do tempo e do motivo da pausa, o importante é voltar. Sem precipitação, sem estresse, vá fazendo um pouquinho de cada vez até chegar novamente no mesmo nível de antes. Seu corpo e sua saúde agradecem!